CLOVIS IRIGARAY
ARTE CONTEMPORÂNEA
Irigaray é um homem livre, inquieto, que coloca em cada tela, a sua visão humanitária diante da vida, despertando amor e admiração
Studio Press
Irigaray é um dos artistas que junto com Adir Sodré, João Sebastião e Júlio Cesar integram o “Natal Goiabeiras tem o espírito do Brasil, tem a nossa cara”. Eles criaram cada um, duas obras de arte exclusivas para o Goiabeiras, sendo então oito modelos diferentes que retratam um Natal bem brasileiro, com a proposta de preservação da natureza. As telas foram reproduzidas em gravuras colecionáveis que podem ser adquiridas pelos clientes, através da troca por cupons ficais das lojas do shopping no valor de R$ 150,00 acumulados.
C.H Irigaray, Clóvis H. Irigaray e Irigaray são as assinaturas que o artista usa no registro das suas obras, que na maioria, a arte religiosa é constante. Ele não se prende a nenhuma escola com obras tridimensionais. Seu relacionamento com a pintura não é por mero acaso, sua mãe já era pintora. Com cinco anos de idade ele começou os seus primeiros rabiscos, época na qual expressava seu talento para o pastel um hiper-realismo fotográfico.
Clovito, como é conhecido no meio artístico, carrega em sua bagagem medalhas de ouro, prata e bronze. A sua artística é intensa com obras espalhada por todo o país e adquirida por diversos colecionadores nacionais e internacionais. Ele sobrevive da própria arte, de acordo com Heleninha Botelho, marcham e proprietária da galeria de artes N´Artes, Irigaray contabiliza cerca de oito mil telas vendidas.
Críticas são o que não faltam no currículo desse artista, que segundo Oscar D´Ambrósio, que é jornalista, editor do jornal Unesp e membro da Associação Internacional de Críticos de Artes (AICA-Seção Brasil), o poder expressivo das obras de Clóvis Irigaray impressiona. Suas obras são um denso e solene grito de angústia, num movimento isolado de busca de transformação do mundo. Assim, figuras e ícones, da arte clássica são remostrados por uma óptica original. Ainda de acordo com o critico, as obras do artista, ganham releitura e interpretação com cores indígenas, num diálogo que respeita a tradição e a subverte com uma proposta bem definida.
Irigaray é um homem livre, inquieto, que coloca em cada tela, a sua visão humanitária diante da vida, despertando amor e admiração. Ele, além de não seguir regras acadêmicas, também não segue padrões sociais, Clovito é pura emoção. Quando inspirado, chega a pintar em apenas um dia, uma média de cinco telas. Porém quando não está afim, não força a natureza.
“Os desenhos no corpo do artista são a maneira que ele encontrou para imprimir o seu conceito de vida. Quem critica sua maneira irreverente, não o conhece de fato”, define Heleninha Botelho.
Arlinda Pessoa Morbeck
Considerada pela UFMT a 1ª poetisa de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul,Arlinda Pessoa Morbeck foi o símbolo de uma época em que os migrantes se deslocaram com imenso sacrifício dos estados do norte e nordeste a procura de diamantes. Por ser única fonte de trabalho no leste de Mato Grosso, os garimpos simbolizavam todos os ideais de esperança de uma vida melhor.
Mato Grosso, com seus garimpos de diamantes, refletia a imagem de uma Aurora, o despertar de uma nova vida era o estado de esperança. A saga dos garimpeiros foi escrita com sangue, suor e lágrimas. Escreveram os nordestinos, em especial os baianos e maranhenses, páginas bonitas de heroísmo, de dedicação, lealdade e profundo senso de honra.
O destino foi bondoso com essa população que, deixando em suas terras natais as suas famílias, as suas raízes, mergulharam no desconhecido à procura do eldorado Sim! O grande arquiteto do universo pôs as suas mãos sobre essa gente que, numa região inóspita e longe de todos os recursos, e até da justiça comum, tivesse como seu líder e chefe incontestável, um homem da tempera do engenheiro José Morbeck.
Homem culto, já naquela época com curso superior, engenheiro agrônomo, enérgico e justo, com pulso firme, foi o maior líder regional de Mato Grosso, e um dos maiores do Brasil
Um fato relevante ocorria no processo de migração para os garimpos:, a paixão natural do baiano pelos garimpos de diamantes trouxe para o leste de Mato Grosso, pessoas cultas como músicos de talentos e médicos.
Era comum as currutelas de garimpo terem bandas de músicas. No entanto, a mais ilustre, mais culta de todas pessoas que vieram enriquecer a cultura do leste mato-grossense foi exatamente a companheira do Dr. Morbeck, a professora Arlinda.
Algodão entre cristais, numa época de luta apaixonada nos garimpos, a professora Arlinda era o ancoradouro sereno onde o grande chefe buscava a tranqüilidade para não se perder no furacão da violência dos garimpos. A companhia meiga e equilibrada da professora Arlinda ao lado do Dr. Morbeck era a garantia da justiça nas decisões onde o comandante era juiz, promotor e delegado. A responsabilidade de um só homem para decidir caminhos a ser seguidos por milhares de homens cuja bússola era a confiança cega no chefe.
Era uma carga muito pesada que só poderia ser suportada por alguém que tivesse uma grande mulher ao seu lado.
Por isso, ao se homenagear a professora Arlinda Pessoa Morbeck como a primeira professora da nossa Alto Araguaia não há que se fazê-lo somente pela mestra Na mestra, na poetisa, na escritora pulsava o coração de uma mulher que saiu da alta sociedade de Salvador, berço cultural do Brasil e, com tempera de aço, sem perder a ternura, veio trazer aos mato-grossenses uma riqueza maior e mais valiosa do que os diamantes que os nordestinos buscavam. Veio transmitir às nossas crianças o saber, a virtude do exemplo e a todas as pessoas, lições de vida.
"Os diamantes podem ser eternos, mas não tão eternos quanto a cultura e o saber". Diz: MILTON PESSOA MORBECK FILHO